terça-feira, 21 de abril de 2009

KISS en Argentina - La peregrinación | Parte tres

Ao final de la parte dos, os dois destemidos brasileiros em terras argentinas voltavam ao hotel para receber os ingressos para o show do KISS. Dito e feito.

Eu, pobre, retornava para encontrar a tal Rossana - a do "Olivisik" - enquanto meu amigo foi tentar a sorte num Cassino próximo ao Puerto Madero, um local que reúne bela e boa culinária, além de algumas universidades. Ainda escreverei mais sobre isso... Como não estava montado na grana e todo risco de perder meus trocados passava a ser desnecessário, recusei a ida ao Cassino e voltei ao hotel. Achei programação televisiva deles um tanto quanto peculiar, muitos shows e clipes como se dividissem a MTV em 35 canais diferentes. Fiz um vídeo de um programa infantil que passava lá em um dos canais não-musicais, sobre a Chapeuzinho Vermelho. Ficarei devendo a postagem do vídeo, pois deu merda em relação ao arquivo que gravei. Prometo que tentarei mostrar pra vocês até o final da série.

No hotel, encontrei a Rossana e finalmente estava com os ingressos na mão. O show seria no dia seguinte e já deixei combinado com ela quanto ao translado hotel - show - hotel. Como no ingresso estava marcado para às 17h, achei (e ela também) que o show do KISS começaria por volta deste horário.

Ingresso garantido, combinei também sobre o city tour que seria realizado na segunda-feira, esquema de buscar e levar para o hotel. Depois da meia-noite, com um rombo no estômago, desci para o saguão e arranhei um portunholglês com alguma mímica com o atendente. "Donde puedo comer acá? Algo que seja muy bueno e baratito. Cheap, cheap". Imaginando a cena agora, percebo o quão ridículo foram todas minhas tentativas de comunicação por lá. Suspeito que necessito de algumas aulas de espanhol.


O cara me indicou um lugar que eu tinha entendido como "Praça Espanha". Pensei: "Porra, nunca que vou achar", e saí atrás de uma praça, no sentido literal da palavra... Vai que tinha alguma coisa por ali, tipo algum café numa praça mesmo, sei lá. Fui.
O clima estava bom e havia bastante gente nas ruas. Comecei a pensar como um argentino. Na verdade, todos meus pensamentos eram em portunhol.

Achei o restaurante indicado pelo cara do hotel, chamado Plaza España. E fica aí a dica nº três do meu guia de viagem. Parece um restaurante portuário, com uns peixes empacotados e amarrados no teto. Novamente, exercitei meu espanhol com a garçonete que me trouxe um cardápio, uns pães integrais e normais e uns pacotes de Plic-Plac. Fiquei uns quinze minutos analisando o cardápio com extrema dificuldade, já que não entendia absolutamente nada do que estava escrito. Pode parecer burrice, mas é bem complicado entender essas coisas. Enfim, escolhi as certeiras papas fritas com alguma coisa à milaneza. Veio algumas batatas cortadas e fritas (não como conhecemos aqui) e um bife gigante de carne de gado junto com um licorzinho porrada. Escolhi uma Quilmes litrão pra acompanhar a empreitada. Toda a brincadeira deu 25 pesos bem investidos.

Dali, fui direto para o hotel, pois conforme combinado, teria que acordar ainda pela manhã.


Sairíamos antes do meio-dia pro show.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

KISS en Argentina - La peregrinación | Parte dos

A aventura continua com dois intrépidos brasileiros em terras argentinas: La peregrinación parte dos! Mas antes, relembremos onde estavam nossos heróis...

Depois de repousar durante algumas horas no hotel, recebi a ligação de uma tal de Rossana que pretendia estabelecer contato com algum Olivisik. Como conheço espanhol tanto quanto sei sobre reatores nucleares, imaginei que seria comigo que ela gostaria da falar. "Si, si, soy yo", disse. Devido essa minha desenvoltura toda ao responder, ela deve ter imaginado que eu era do Uruguai, Chile ou algum outro país castelhano e desatou a falar, daquela forma clara que falam os argentinos. Pensei no "porque no te calas?!" modinha há um tempo, mas como minha intimidade com a moça se resumia à zero, preferi o "calmate, yo soy de Brasil e tenes que hablar devagarito". É provável que dessas dez palavras que disse, sete estejam erradas, mas meu objetivo foi alcançado. A moça começou a falar com calma, o que permitiu maior compreensão do que ela queria. Tratava-se dos ingressos para o show, algo de extrema importância na viagem. A visita dela ao hotel ficou agendada para às 19h daquele dia.

Como dormir não era mais uma opção para o momento, saímos para conhecer a Buenos Aires que, neste sábado em particular, lembrava final de feira. Não havia nem cachorro nas ruas.
O sono que faltou na madrugada anterior estava em dia e, apesar da pouca movimentação de pedestres, propícia para assaltos a turistas, tomamos a 9 de Julio em direção à Florida, que citei anteriormente.






A grande movimentação no centro de Buenos Aires no sábado à tarde. Ao fundo, o tal "Obelisco"





Como não tínhamos nenhum mapa em mãos mas sabíamos para que lado ficava a bendita rua, escolhemos uma das grandes avenidas, comuns na cidade, para chegar ao destino: o Beto Carrero World do consumismo. Mesmo não dispondo de muito dinheiro para gastar lá, era obrigação ao menos conhecer o local. Na rua, encontra-se de tudo: desde lojas de conveniência, as chamadas "Open 25hs", às boutiques de artigos esportivos. É só chutar uma árvore que caem uns quinze artistas de rua também. E não é fácil tirar fotos boas sem dar algum trocado. Fui xingado por um Edward Mãos de Tesoura por isso.

Uma coisa que achei interessante e que pensei que só tinha no clipe dos Detonautas, são os famosos "abraços grátis". Caminhando pelas ruas, encontramos um homem e uma mulher carregando um cartaz com os dizeres "Necesitamos tu abrazo". Não perdi tempo e semeei o amor ao próximo. Curiosamente, depois de abraçá-los, minha carteira continuou no meu bolso. Não é truque de assaltantes, podem abraçar as pessoas à vontade!





Rua Florida







De tanto andar pra cima e pra baixo nessa rua, fomos abatidos por uma larica fenomenal. Não era nem fome mais, o estágio era outro. Sendo assim, a quem recorrer quando não se conhece bulhufas da culinária de um lugar? Ao bom e velho McDonald's, claro... Tiro certo, não tem erro. Fica aqui a dica dois do meu guia de viagem: NÃO coma no McDonald's na Argentina que é furada! Fiquei olhando para o cardápio e pedi um hambúrguer chamado Caprice Italiano, que consistia em uma mistureba de elementos presentes em pizzas. Uma dádiva para a coronária. Comprei a briga enquanto meu amigo se arriscou no Quarteirão. Enquanto aguardávamos as atendendes juntarem dois míseros sanduíches sem batata frita e bebida em uma bandeja, o pessoal na volta se esbaldava com as Cajitas Felizes, o nosso Mclanche Feliz, que eram montadas em larga escala. Além da demora, os hambúrgueres eram ruins, mal feitos.
Saímos em saldo negativo do almoço.


Voltei para o hotel para pegar os ingressos do show, e encontrei as ruas mais desertas ainda. Aproveitei para tirar fotos de algumas relíquias, como a foto abaixo, de um show de tango. A propósito, fiquei bastante curioso para conhecer a Pamela David. Começo a entender o motivo do Obelisco...



Pela foto, imaginei a seguinte história: Chico Novarro e Nito Artaza são irmãos e brigam pelo amor de Valeria Lynch, a protagonista da trama, quase uma Vera Fischer. Já a Gladys Florimonte é parceira de crimes e de cama do Flavio Mendoza, que tenta seduzir Valeria para ficar com a grana do ex-marido, um chefão do narcotráfico. Ele não aparece na história, mas é sabido que largou de Valeria para ficar com a Pamela David, que também acumula romances com o Flavio Mendoza, Chico Novarro, Nito Artaza e a própria Valeria Lynch, com quem se casa no final. O romance entre elas possibilita a adoção de três crianças: Lurdes Maria, Tom e Jerry.




La peregrinación continuará en la parte tres, o dia do show!

terça-feira, 7 de abril de 2009

KISS en Argentina - La peregrinación | Parte un











Foda-se o Álvaro Garneiro e o seu "50 por 1" na Record. Tenho muito mais a contar do que ele. Tudo que passei na Argentina, os perrengues, os pontos turísticos que não faço ideia dos nomes, a culinária, o show do KISS, enfim, TUDO estará descrito na série "KISS en Argentina - La peregrinación!". Para ilustrar, fotos e, se conseguir, vídeos serão postados.

A partir de hoje, empieza la treta estrangeira en capítulos!


Porto Alegre, 04 de abril - 03h45min
Após nada dormir e algo beber fui ao Salgado Filho para dar início àquela que seria uma das melhores coisas que já fiz em vida. O voo só sairia às 06h45min, mas lá estava eu e um amigo que me acompanhou durante la peregrinación a Buenos Aires. Para minha surpresa, aquela parte burocrática xarope, com check in, empacotamento disso e daquilo, enfim, toda a chatisse foi rápida e antes das 04h já estava relaxando numa confortável poltrona assistindo a um filme do Corujão na Globo. Melhor não poderia ficar.
Pouparei aqueles que estão lendo de mais detalhes sobre o filme que, assim como quase todos pontos turísticos da Argentina, também não sei o nome.


Buenos Aires, 04 de abril - 08h20min
Desembarcamos no aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, um pouco depois das 8h da manhã. Pela primeira vez, me aguardavam com placas de identificação, que indicavam "Oliveski, Cristiano". - Soy yo, gritei turisticamente no meio do aeroporto e fui prontamente atendido por alguns funcionários da agência de viagem que me deu uma força enquanto estive lá.

Do aeroporto para o hotel foram mais de trinta minutos, algo como uma ida ao Belém Novo aqui em Porto Alegre. Como o dia já estava claro, foi possível observar a arquitetura rústica dos grandes prédios de Buenos Aires. Aliás, tudo lá é muito grande, os outdoors, prédios, avenidas e afins.

Fiquei hospedado no Grand Hotel Argentino, na 9 de Julio, parte central da cidade. Primeira dica turística pra quem for pra lá e ficar nesse hotel: Não telefone pra ninguém e não compre Pepsi. Tudo é muito caro e não vale a pena já que ao lado existe um Carrefour que pode ser uma mão na roda na hora do aperto. Imagina se o Álvaro Garneiro daria tal dica? Claro que não! Ele iria falar onde comer mal por 100 pesos. Um absurdo.

Um belo sábado de sol despertava Buenos Aires nas primeiras horas da manhã. Só faltou alugar um caminhão pra levar a galera pra comer feijão. O tempo estava quente, agradabilíssimo para uma baita banda de reconhecimento do gramado. Certo que fizemos o que todo turista faz... Dormir. Acordamos às 16h e aí sim, fomos ao reconhecimento.

Indicações de pessoas que já estiveram lá nos levaram à rua Florida, uma Andradas argentina. Aí se pode constatar que os argentinos gostam muito de putaria. A cada três passos é um cartão de visita de mulheres. São tão ligados no negócio que bem no centro da cidade está erguida uma piroca gigante. Deve ser alguma homenagem ou algo do tipo. Pra turistas, dizem que se chama "Obelisco". Yo no creo.
















A viagem só estava começando.


Fique atento à "Parte dos" que é muita treta!


Fotos:
http://proximoshow.com.br/wp-content/uploads/show-do-kiss-no-brasil-2009.jpg
Arquivo pessoal

sábado, 4 de abril de 2009

Psychotango Rock

É hoje!
Daqui a algumas horas, embarco pra Argentina pra ver o maior show da Terra, o KISS.

A banda mais foda que já ouvi. Nem acredito que vou vê-los lá em cima do palco com seus fogos, guitarras que explodem, sangue espirrando, Gene Simmons voando... Cirque du Soleil é o caralho!!! Isso tudo com quase 80 anos em cada perna.

Volto na semana que vem com meu parecer do show! Show não, espetáculo.