quarta-feira, 19 de maio de 2010

A volta...

Depois de um hiato de quase uma semana, retorno para falar do óbvio, o segundo jogo entre Grêmio e Santos, que decidirá, por antecipação, o campeão da Copa do Brasil 2010. Ao que tudo indica, os resultados obtidos na rodada passada do Brasileiro (Grêmio 1 x 2 Corinthians e Santos 1 x 1 Ceará) não refletirão na partida de hoje à noite na Vila.

Para passar às finais, o Grêmio joga por um empate, que não deve em nenhum momento ser levado em consideração. Já dizia o velho deitado que se o time entrar com essa mentalidade em campo, a derrota é praticamente certa. Portanto, amigos e amigas, hoje é dia pra ir pra cima deles, sem medo de ser feliz.

Uma coisa que tem me chamado a atenção são as entrevistas do Silas. Sempre educado, o treinador dá umas alfinetadas sutis e proporciona uma aula de seriedade, como nas seguintes repostas:

Zagueiro não foi feito para dar caneta, zagueiro tem que zagueirar
Não lembro de ter perdido na Vila Belmiro... Não é difícil jogar lá

Claro, sem esquecer que o técnico ainda comparou o estádio do Santos com a modesta casa do Juventude, de Caxias do Sul. Segundo uma fonte ligada ao Silas, o vídeo motivacional para hoje à noite é esse:

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O jogo mais copeiro dos últimos tempos

Quem me viu nos últimos dias percebeu a ansiedade que eu estava em relação ao jogo de ontem. Ainda mais após saber que teria que estar na aula até o final, pois tinha trabalho para gravar, um telejornal. Fui tomado por uma revolta gigantesca, sendo que precisaria estar lá só de corpo presente pra ganhar a maldita nota. Pensava no que fazer pra ir na aula e não colocar a cadeira em risco e, ao mesmo tempo, ir no jogo que depois acabou se confirmando histórico.

Meu dilema seguiu até um pouco antes da partida, que comecei assistindo na sala de aula, deixando em segundo plano o trabalho que precisava ser feito. O Grêmio era mais importante pra mim no momento. Nervosismo à flor da pele, o tricolor larga mal, com os tão badalados santistas aproveitando-se da desatenção gremista. Nem 15 minutos de jogo, um duro golpe: 1 a 0 pro Santos. O nervosismo aumentava a medida que os minutos se passavam. E eu ali, na sala, sem previsão pra ir pro estádio, o Grêmio perdendo e o Santos encaixado.

Finalmente, fomos liberados às 22h11min. Junto do meu amigo Bazukinha, que fez o layout do site, tomamos rumo até o Monumental. No rádio, escutamos o que ninguém poderia imaginar... Santos dois a zero. Abatidos, porém copeiros, fomos ao estádio. Ao chegar lá era visível a decepção dos torcedores gremistas, que já deixavam o Olímpico com medo de que a coisa fosse piorar pro nosso lado. Entramos com o sentimento estranho de que não ia ser uma noite ruim para nós. O intervalo já estava rolando e a torcida, de cara fechada, tentava entender aquilo que se passava com o Grêmio dentro das quatro linhas.

O segundo tempo começou e a tensão continuava. Aceso o ziriguidum na arquibancada, o Grêmio acendeu-se junto. Logo foram dois do Borges, uma patada do Jonas e um terceiro do Borges. O estádio tremia, gente chorava mas ninguém acreditava na prova que o Grêmio dava de sua imortalidade aos mais de 40 mil que lá estavam. Não me engana que tinha só 38 mil. Sempre falo de ser copeiro, e o time pegou esse espírito no jogo. O zagueiro Rodrigo foi o símbolo da força e garra tricolor, o estandarte do Imortal. O gol no final do Santos colocou o Grêmio numa situação delicada para o segundo jogo, mas copeiro desse jeito é muito provável que o inacreditável e histórico aconteça mais uma vez.

Sem sombra de dúvidas foi um dos jogos mais copados que já fui. As cenas que presenciei não sairão da minha memória tão cedo.

Avante!

terça-feira, 11 de maio de 2010

A lista de Dunga

Não tem como simplesmente esquecer o assunto que pauta dez em cada dez jornais esportivos hoje, a divulgação da lista dos 23 nomes que entrarão em campo pelo Brasil na Copa do Mundo. Torcia pelo treinador como pessoa, por ser gaúcho, ter impregnado em seu espírito aquele futebol feio, de pegada, mas após o que foi feito hoje, não me animei a torcer. Aliás, a seleção nunca me animou, exceto em 2002, pelo mesmo motivo: o treinador.
Pior que a lista em si, foi o esforço da Globo em influenciar seus telespectadores a desejar Ganso e Neymar na Copa. São piás, usam fraldas ainda. Quem fez nome contra times do calibre de Rio Claro, Ponte Preta e Mirassol não merece uma convocação para uma Copa do Mundo para enfrentar Portugal, por exemplo. Não tem cancha nenhuma.  Fora a sacanagem feita com o Victor, o melhor goleiro do país e, me arrisco a dizer que é o segundo melhor goleiro brasileiro.

Vou inovar e fazer o que ninguém ainda fez hoje... Descer a lenha na lista.
No quesito "goleiros", destaca-se a chinelagem do Dunga em chamar Gomes e Doni e deixar Victor de fora. O Gilberto não é mais lateral há tempos. Com o Maxwell titular do Barcelona jogando muito, ele chama o meio-campo Gilberto para suprir a lateral. Falando em meio, a seleção não chega nas quartas com os jogadores escolhidos. Josué, Gilberto Silva, Elano... Porra! Coloca o Maylson lá então!

Reafirmo que torcerei para o Uruguai nessa Copa.
Copeiro pra caralho!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Fossati, um Street Fighter

Além de treinador, o mano Fossa é boxeador. Seu talento ficou evidenciado na coletiva de ontem após a derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro, em pleno Beira-Rio. Questionado pelo repórter Sérgio Couto, da rádio Bandeirantes sobre a insistência do clube em reclamar da arbitragem sempre que derrotado e como agiria se o Inter fosse beneficiado pelos juízes, o Fossa desceu das tamancas e ficou de cara com o repórter.

O treinador replicou a pergunta com uma nova e solicitou que o repórter elencasse situações em que o Inter tenha sido beneficiado, mesmo não sendo essa a pergunta original. Por sua conta, o técnico acabou encerrando a coletiva e dispersando os jornalistas que lá estavam. Não satisfeito, e após já ter deixado a sala, retornou pra chamar o repórter para briga. Não sei se o D'alessandro falou alguma coisa do tipo "Po, Fossati, no me deixam jugar fútbol! Te vás a quebrar aquele puto!".

O clone do Magneto queria deixar de ser um X-Man pra virar um Street Fighter.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Caí na pegadinha do Mallandro

Caí numa pegadinha do Mallandro muito boa hoje, bolada por umas amigas do trampo antigo. Seus nomes manterei em sigilo. Acompanhem a treta:

Recebi um e-mail muito sério ontem que falava pra eu entrar em contato com uma tal de Ema, no número tal, que queria tratar de um assunto pessoal e urgente. Estranhei, pois faz quase um ano que saí de lá e isso descaracterizava o "urgente" da parada. Retornei a ligação pra essa pessoa que me encaminhou o e-mail e quis saber mais detalhes. Ela foi séria e em momento nenhum riu, digna de uma atriz protagonista de Malhação. Desliguei e continuei encucado com aquela porra toda, mas acabei esquecendo de retornar a ligação pra tal da Ema ontem. Até peguei o número e dei uma googleada nele pra ver onde caía. Descobri que era um número de Sapucaia, mas um link indicava ser de um bar e outro de um zoológico. Até aí tudo bem pra mim, não fazia ideia do que poderia se tratar.

Hoje pela manhã chego no trampo e ligo pro tal número. Segue o que falei com o simpático mano que me atendeu:
- Parque Ecológico de Sapucaia, bom dia!
- Bom dia, eu gostaria de falar com a Ema...
- Olha, só preciso saber qual porque aqui tem várias. É um zoológico!
Nesse momento senti que havia sido enganado, mas não sei porque, continuei insistindo no lance de falar com a Ema.
- Não sei, é que me ligaram desse número e uma tal de Ema estava atrás de mim...
- Ah tá, mas agora não vai ser possível porque ela está numa consulta com o Dr. Leão!


Não sei se o atendente conhecia alguma delas, tendo em vista que uma é de Sapucaia.
Mas o que tenho certeza é que cada uma sofrerá as consequências dessa brincadeira.

E tenho que admitir, bem bolada... Conseguiram fazer uma trakitana muito doida e desdobrar o Muita Treta.



Parabéns.
Mas vai ter volta.

Pedreiras

E deu Inter contra o nada copeiro Banfield. Não vi o jogo, mas pelo que sei foi pressão do início ao fim, típico de time que está atrás no placar agregado e precisa marcar gols para evitar a eliminação. Conforme escrevi ontem, acho que colorado só adiou o seu futuro negro na Libertadores, pois agora pega os atuais campeões, o Estudiantes. E o segundo jogo é em La Plata. Treta pura.

Agora a situação do Inter é semelhante a do Grêmio, dadas as proporções.  São duas pedreiras, a diferença é que o adversário do colorado é copeiro, diferente do que mostrou o Banfield. O Santos não tem essa característica e nunca vai ter. O segredo da classificação de ambos é deitar o sarrafo.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Grêmio estreia na Copa do Brasil

Agora que começa a Copa do Brasil pro Grêmio. Chegou a hora de mostrar quem é copeiro na competição, separar homens e moças, joio e trigo, campeão e eliminado. É uma final antecipada, com tudo que tem direito, graças às eliminações precoces de Vasco e Palmeiras para times sem expressão nenhuma, no caso de Vitória e Atlético-GO.

Chegou a hora de quebrar pernas, Grêmio! O Santos vem embalado com atuações brilhantes, segundo a mídia especializada. O futebol moleque e malemolente que atrai os olhares da maioria contra o futebol copeiro e patrolador, feio e criticado por muitos. A receita do tricolor deve ser ensopar o Peixe no primeiro jogo e finalmente fritá-lo no segundo, independentemente de qual for a ordem dos locais das partidas. Embora não seja fácil, é possível. O Grêmio deve ter na cabeça que não jogará contra um Fluminense desorganizado ou um Novo Hamburgo ou um Ypiranga de Erechim. São os "meninos da Vila", os protegidos, aqueles que tudo podem.

Yes, we can, Grêmio! Carrinho, puxão, pisão contra os dribles de Ganso, André, Robinho e Neymar, que não joga a primeira partida pelo terceiro cartão amarelo.

Se tiver dancinha na semi-final, que seja do Jonas!

Atenção: enquete encerrada!!!

Com a eliminação do Corinthians ontem após a vitória de 2 a 1 sobre o Flamengo, a enquete sobre qual o time brasileiro que levaria ferro na Libertadores está encerrada! O Timão do Parque São Jorge ficou em terceiro, empatado com o São Paulo, que quase fez a mala ontem. Hoje é dia de Inter, o campeão, pelo menos da enquete. É questão de tempo que a ideia dos que participaram da votação se concretize.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A treta da volta dos que nao foram

A direção do Inter mexe os pauzinhos e tenta salvar o restante da temporada, uma vez que o primeiro semestre já nos dá adeus. Píffero e Carvalho tentam repatriar Tinga, que manifestou o desejo de voltar ao colorado, e ainda pretendem contar com o meia Diego Souza, que tocou o foda-se no Palmeiras e nem viagem mais faz com o grupo.

Até acredito no retorno do Tinga e seus 32 anos ao Beira-Rio, mas Diego Souza? Seu retorno à Porto Alegre levaria Edu, Taison e, segundo informações de sites esportivos, outro titular colorado ao Parque Antártica. Apesar de jogador ser movido por dinheiro, não levo fé no Diego Souza no Inter pela passagem dele pelo Grêmio. Com o Tinga é diferente, considero sua passagem pelo colorado mais vitoriosa que no tricolor.

Faz tempo que não vejo o Tinga jogar, mas 32 anos? Do que adianta trazer um jogador que já se encontra na capa da gaita? Além da falta de planejamento para 2010 me parece desespero da direção colorada. Me parece que a ideia é trazer jogadores consagrados do título mundial de 2006, lembrem-se que já foram cogitados Rafael Sóbis, Fernandão, o próprio Tinga, além claro da volta consumada do Fabiano Eller. Me pergunto por quê não foi cogitado o retorno do Gabiru...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pau neles!

Há pouco vi o comentário do jornalista Mauro Cézar Pereira, da ESPN Brasil, sobre uma polêmica criada em Minas Gerais após os queridinhos da mídia, Robinho, Neymar, Ganso e cia. cantarem aos quatro ventos que a hora do Luxemburgo, hoje técnico do Galo, vai chegar. Na capital mineira essa comemoração foi vista com maus olhos, principalmente pelo elenco do Atlético. Porém, para o jornalista, isso é besteira da imprensa de Belo Horizonte, que pretende criar uma guerra contra os jogadores do Santos, que há tempos merecem uma pancadas desleais. Até agora, o que impediu foi justamente a ação da mídia, que afaga tudo o que os santistas vêm fazendo.

Agora pergunto, meu caro leitor: isso tudo é medo da mídia especializada de São Paulo? Medo de que numa jogada o Neymar rompa um ligamento ou o Ganso quebre uma costela, e consequentemente se termine a molecagem marota do time do Santos? Não duvido que, se o time em questão fosse outro que não estivesse tão em destaque na imprensa, a conduta seria completamente diferente.

Se for pra afagar, que se afague na porrada!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A Libertadores é logo ali. Treta.

Depois de assistir a Grêmio e Fluminense ontem pelas oitavas de final da Copa do Brasil, senti, pela raça copeira do tricolor gaúcho que a Libertadores da América de 2011 pode estar mais próxima que o imaginado. E, entrando assim, da forma encaixada de ontem, o time já vai um tanto quanto azeitado pra competição continental.

Tá certo que o Fluminense não é lá essas coisas, mas jogar no Maracanã que parece ter um gramado infinito, finalizar a partida com um a menos em campo e ainda ganhar o jogo é digno da história do clube na Copa do Brasil. Passando o Fluminense, o que deve acontecer pelo fator Olímpico, o Grêmio pega Santos ou Atlético Mineiro, que garantiu uma vantagem no jogo de ida, a mesma obtida pelo Grêmio. O problema do Galo é que o segundo jogo é longe de casa, na Vila.

Temos três chances para chegar na Libertadores de 2011: Copa do Brasil, Brasileirão e Sul-Americana. Não se pode perder uma oportunidade dessas... Temos três boas chances de levantar três canecos importantes em 2010... Temos três boas chances de compor a aba "Libertadores of America", do Pro Evolution Soccer 2011, onde o Jonas deve ser baseado no Fernando Torres e ainda capa da próxima edição.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Treta na Argentina

Como era esperado, o Inter foi à Argentina e levou uma sapatada do Banfield por 3 a 1. Os gols e os números da partida eu deixo pra lá, o que me interessa mesmo são as tretas dignas de Libertadores da América que o colorado passou por lá.

A menos de dois metros da goleira se encontravam os ávidos torcedores do Banfield, que fizeram sua parte com gritos, insultos, cusparadas e alguma coisa não identificada jogada na cabeça do Fossa, o treinador adversário. Quem assistiu o jogo viu uma aula de catimba argentina de colocar River Plate no bolso, mas que não chegou aos pés da Batalha de La Plata. Galvão Bueno subiria pelas paredes, mas estava aproveitando a semifinal da Champions League na Globo.
Isso que é Libertadores! Não é joguinho bonito de nove gols. É retranca, carrinho, pisão, tapa na cara e divididas. E parece que o Inter não percebeu isso.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Treta da rodada

Hoje começa a trajetória de brasileiros na segunda (ou terceira como quiser), fase da maior competição Libertadores. Tem futebol pra todos os gostos, Corinthians, Flamengo, São Paulo e Inter, e amanhã com Cruzeiro. O jogo mais pegado deve ser o do Flamengo que, em crise, joga contra o Corinthians. Muito se fala do duelo Ronaldo e Adriano, mas quem deve resolver a parada é o Dentinho ou o Ronaldo Angelim. O São Paulo joga contra o Universitário do Peru que até mandinga contra o Rogério Ceni fez. Já o colorado abatido pela surra no Grenal pega o Banfield na Argentina.

Agora o que interessa... Dos citados, o jogo em potencial para tretas é Corinthians e Flamengo no Maracana lotado. O Inter também deve sofrer com os argentinos, sempre atenciosos com os brasileiros.  

A real é que não tem nenhum copeiro nessa Libertadores e todos devem ficar pelo caminho e abrir espaço para mais um título do Estudiantes.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Treta do Caco Barcellos

Quem vê o jornalista Caco Barcellos hoje garante que ele é adepto das sinfonias de Beethoven ou da música erudita. Mas o cara é do rock'n'roll. E dos melhores... Em entrevista à jornalista e locutora da Itampema FM Santa Maria, Stefanie Silveira, Caco contou que suas influências musicais passam por Led Zeppelin e Rolling Stones.
O jornalista ainda conta que frequentava diariamente o CBGB, um pico punk underground que lançou alguns nomes da cena como o Sex Pistols. E foi justamente com o Pistols que Caco se identificou ainda mais com a cultura punk da época. Já como correspondente internacional que Caco voltou à Nova Iorque para acompanhar a decadência do baixista Sid Vicious, envolvido nas mais diversas tretas que envolvem até acusação de assassinato.

Porém, o rap tem uma grande parcela contribuinte no lado musical do jornalista, que era fã de Public Enemy e Salt-N-Pepa. Claro que a música populixo brasileira também se faz presente, afinal, ninguém é cult e inteligente se não apreciar Chico Buarque, Gal Gosta e João Gilberto.
Mesmo assim, Caco Barcellos é rock.

Ouça na íntegra a entrevista feita pela Itapema FM Santa Maria.

Foto: Globo.com

Treta das camisas do Santos

Os jogadores do Santos chutaram a seriedade e profissionalismo - se é que já tiveram alguma - e "aprontaram mais uma". Antes da final do Paulistão contra o Santo André, foi solicitado pelo presidente do clube que os peladeiros do time autografassem uma camisa que seria oferecida aos convidados que estariam no camarote durante o jogo. Os espertos assinaram nomes aleatórios de jogadores consagrados como Messi, Pelé, Cristiano Ronaldo e outros.
Coisa de quinta série que eu fazia na chamada no colégio. Nesse caso, aquela camisa autografada pode representar alguma coisa pra quem a recebe. Aí o cara vai ler lá e tem uns autógrafos nada a ver com o time que ele torce.

Mas tudo bem... eles são os moleques da Vila.

Treta na Ucrânia

O bicho pegou no Parlamento Ucraniano. O motivo foi a discussão sobre a permanência de tropas russas no litoral da Ucrânia. Além do quebra pau entre deputados, sobrou ovadas e bombas de efeito moral na rapaziada.
Fora do Parlamento, a polícia local também teve trabalho para conter a manifestação popular que queria invadir a boca e quebrar a porra toda.

Foto: AP Photo / Divulgação
Cinco manos no chão e mais um em cima contra apenas um

Treta News!

Não é novidade que o Muita Treta é mutante. E pra não deixar de ser diferente entra em uma nova fase, cheia de revolta interna, cerveja e futebol. Deu treta no mundo, você vê aqui no blog. Se os japas descascarem os chinas a pau ou os turcos racharem a cabeça dos escoceses por qualquer motivo, estará aqui.

E não me venham com esse papinho de guerra religiosa. Isso é desculpa pra bolar uma treta.
Não sou nenhum psicólogo, continuo sendo gremista, futuro jornalista e leitor de revista, porém tentarei desmistificar o imaginário dos tretadores.

E não deixem de votar na enquete sobre o primeiro eliminado na Libertadores de 2010. Porque nenhum desses brasileiros é copeiro!

segunda-feira, 15 de março de 2010

"Hit the road Jack" - On the road e geração beat

Capa de On the road que mostra os protagonistas do livro, Jack Kerouac e Neal Cassady


Recentemente mergulhei de cabeça no universo beat, cuja uma das figuras centrais do movimento está o escritor de linhagem franco-canadense - embora haja uma tremenda confusão genealógica em torno de sua naturalidade, por ter nascido em solo americano - Jack Kerouac. O autor teria completado 88 anos no último dia 12 de março, se não fosse seus excessos.

Nunca fui de ler muito, embora minha profissão exija isso, porém uma parada quase que forçada me fez reatar os laços com a literatura. Talvez nunca fui fã pela obrigação de ler tremendos porres como algumas obras de Machado de Assis para as aulas de Literatura no colégio e, posteriormente, para o vestibular. Quem sabe seja essa obrigatoriedade que tire o interesse das pessoas em ler, mas vai saber...

Detendo-se no assunto Kerouac / beat generation, fiquei fascinado quando tive contato com o seu livro de maior sucesso e propulsor da "nova cultura" que surgia. Entitulado On the road, publicado no Brasil pela L&PM Pocket com tradução de Eduardo Bueno, o livro conta a história de dois amigos (Sal Paradise e Dean Moriarty) que simplesmente viajam de cabo a rabo pela América dos anos 40. Um hino à loucura, aventura e a um jeito descompromissado de ser, o teor da chamada geração beat, que juntou outros nomes com o mesmo ideal como Allen Ginsberg e William Burroughs.

Como de praxe nas obras de Kerouac, seus personagens são reais, embora levem nomes fictícios. Sua maneira - e capacidade - de transcrever cada cena faz o leitor sentir-se dentro dos inúmeros carros que eles entram durante o livro, junto aos protagonistas. São caronas, veículos roubados ou simplesmente emprestados que fazem parte desse universo inimaginável nos dias de hoje. Uma época de excessos por parte dos errantes beats, de atitudes frenéticas, sexo, drogas e jazz, que posteriormente seria substituído pelo bom e velho rock 'n' roll. Seu estilo literário impressiona pelo fato de On the road ter sido escrito ininterruptamente, com folhas de papel coladas umas nas outras para que seu ritmo não fosse quebrado, um espelho do que representava o movimento.

On the road influenciou gente como Bob Dylan e Jim Morrison e é, até hoje, considerado a "bíblia da geração beat, sendo leitura obrigatória pra quem quer conhecer um pouco mais sobre essa forma de expressão nascida nos anos 40.

Foto: DKPresents

quinta-feira, 11 de março de 2010

Meninos da Vila

Qualquer noticiário esportivo da atualidade brinca com a expressão "meninos da Vila", em referência aos jovens atletas do Santos que cativam o público e enchem os olhos com dribles, firuletas e cambalhotas, o tal "futebol arte". Tenho nojo disso.

Ontem parei pra ver Santos e Naviraiense, pela Copa do Brasil, um jogo onde o Santos empilhou dez gols e até o Mádson fez gol de falta - só pra se ter uma ideia da qualidade técnica da partida. Logicamente que o time do Naviraiense foi à Santos fazer turismo, tanto que a programação de hoje do time consiste em uma visita ao memorial do time da baixada e uma ida à praia.

Em ritmo de brincadeiras, comandadas por Neymar, Robinho, Paulo Henrique Ganso e André, o Santos fez o que quis com os sul-mato-grossenses. Desfilou aquele futebol moleque, a malemolência brasileira que faz o Galvão Bueno berrar desesperadamente nos jogos da Seleção:"Pra cima deles, Robinho!!!". O forever young Robinho foi e o Naviraiense ficou.

Não pelos dez gols, mas pela maneira de jogar, achei desrespeitoso o jeito do Santos se portar em campo. Tá certo que o jogador quando faz um gol quer mais extravasar na comemoração, mas ficar achando que é criança e corroborar com a ideia da imprensa de que são crianças, moleques que não têm aquilo como uma profissão e sim como um hobby, acho meio forçado.

Não gosto desse tipo de futebol de hoje em dia. Cresci numa década cheia de quebradores de bola como Dinho, Mauro Silva, Rivarola, Stam e, por outro lado gênios do calibre de Zidane, Frank de Boer, Dener e Dennis Bergkamp. Os últimos, jovens na época eram craques e sabiam disso. Não precisaram viver de um rótulo até o final de suas carreiras no futebol.

Sempre fui fã daquele futebol mais pegado, onde um carrinho levanta nacos e mais nacos de grama do chão junto com o atleta da equipe adversária. Fair Play era coisa de outro mundo. O futebol era muito mais rivalidade e menos cordialidade. A própria Libertadores da América já deixou de ser o que era há uns 15 anos. E o Mundial de Clubes nem se fala... Sou da época que as equipes que iriam se enfrentar em Tóquio não podiam ter patrocínio nas camisas, diferente de hoje em dia onde it's all about the money.

Infelizmente, o Santos das molecagens é um retrato do futebol dos dias de hoje, que empolga quem gosta de Pelé mas renega - e pune - quem gosta de um Schiavi da vida...

segunda-feira, 8 de março de 2010

É necessário o Dia Internacional da Mulher?

Hoje é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Meu texto não tem o intuito de ser machista, longe disso. Acho que os homens não viveriam sem as mulheres e vice-versa. O que me deixa um bocado curioso é se ter uma data para celebrar o fato de ser mulher.

Historicamente, o dia 8 de março remete a uma reinvidicação de trabalhadoras de uma fábrica de tecidos nos EUA por melhores salários e condições de trabalho, no ano de 1857. Logicamente que nada acabou bem e cerca de 130 mulheres acabaram morrendo em virtude de terem sido trancafiadas na fábrica, posteriormente incendiada. Absurdamente desnecessário e desumano, não por serem mulheres, mas por tratar-se de uma manifestação por condições dignas e de igualdade de trabalho, embora o fato da manifestação ter partido de mulheres - inimaginável na época - conte muito. Naquela época era praticamente impossível a equiparação entre homens e mulheres no mercado de trabalho e isso é refletido ainda hoje, embora em uma fatia extremamente menor daquele tempo.

Somente em 1975 a data foi instituída como Dia Internacional da Mulher e serve, até hoje, não só para celebrar, mas para debater o papel da mulher na sociedade. É aí que fico com a pulga atrás da orelha. Todos sabemos o papel da mulher na sociedade, não precisa de um dia especial para isso. Tudo bem homenagear essa questão histórica, mas isso de "entendimento do papel da mulher" não me desce muito bem. Alimentar isso é dar vazão ao preconceito. Pra mim, isso não é encarar de frente o problema. A mesma coisa acontece com as recentes cotas para negros, índios e pardos nas universidades. Como trataremos uns iguais aos outros se existe essas "regras de convivência" entre os seres?!

Todos sabem que as mulheres devem ser tratadas com igualdade no mercado de trabalho, mas nada é feito para que isso se torne realidade, e não me refiro aqui à campanhas pró-igualdade, etc. O que não pode acontecer, e anualmente ocorre, é uma pseudo-exaltação à figura feminina, que é forte, merecedora, etc., mas que no dia 9 de março volta a ser "comum" e sofrer o preconceito conhecido e tão debatido por todos. O dia da mulher não é um único dia durante o ano, mas sim todos!

No jornalismo, por exemplo, a atuação das mulheres aumentou muito nos últimos tempos. O jornalismo econômico é uma vertente dominada pelo poderio feminino. Em contrapartida, o esportivo começa a ser habitado aos poucos por elas. São mulheres que deram a cara a tapa e fazem o que gostam. É o mesmo preconceito sofrido por um foca, seja qual for o sexo. Existe - ou existiu - uma infinidade de mulheres marcantes no mundo, que se destacaram pela sua competência e talento, deixando de lado esse lance de que mulher é frágil.
É isso que deve acontecer!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Grenal é deles (novamente)

2010 mal começou e o Grêmio já bailou no primeiro clássico do ano. E o pior é que jogou razoavelmente, na minha opinião. Na companhia de algumas cervejas, estava andando pra opinião tática, queria mesmo é que o Grêmio socasse o colorado. Mas fiquei muito irritado com o tanso do Silas que sacou o Jonas pra colocar o Hugo sendo que o Souza não fazia porra nenhuma em campo.

O pastor começou mal no comando do time e isso ficou evidente no Grenal. Me parece que o Silas não tem cancha pra usar o que ele tem no elenco. Não me convence e não creio em melhoras significativas daqui pra frente.

E o que falar da direção gremista? Apesar de ter contratado bem, tentando reeditar o São Paulo de 2005, é uma direção perdedora. É impressionante o que um clássico pode fazer com um planejamento. Acho que o Silas não dura nem tomando viagra, mas aí entra quem? Será que vale trocar de treinador agora ou apostar na incerteza do trabalho do Silas?

Não sei o que pode ser pior pro Grêmio agora.
Tá na hora de falar grosso, Silas! Não orar...