quarta-feira, 8 de abril de 2009

KISS en Argentina - La peregrinación | Parte dos

A aventura continua com dois intrépidos brasileiros em terras argentinas: La peregrinación parte dos! Mas antes, relembremos onde estavam nossos heróis...

Depois de repousar durante algumas horas no hotel, recebi a ligação de uma tal de Rossana que pretendia estabelecer contato com algum Olivisik. Como conheço espanhol tanto quanto sei sobre reatores nucleares, imaginei que seria comigo que ela gostaria da falar. "Si, si, soy yo", disse. Devido essa minha desenvoltura toda ao responder, ela deve ter imaginado que eu era do Uruguai, Chile ou algum outro país castelhano e desatou a falar, daquela forma clara que falam os argentinos. Pensei no "porque no te calas?!" modinha há um tempo, mas como minha intimidade com a moça se resumia à zero, preferi o "calmate, yo soy de Brasil e tenes que hablar devagarito". É provável que dessas dez palavras que disse, sete estejam erradas, mas meu objetivo foi alcançado. A moça começou a falar com calma, o que permitiu maior compreensão do que ela queria. Tratava-se dos ingressos para o show, algo de extrema importância na viagem. A visita dela ao hotel ficou agendada para às 19h daquele dia.

Como dormir não era mais uma opção para o momento, saímos para conhecer a Buenos Aires que, neste sábado em particular, lembrava final de feira. Não havia nem cachorro nas ruas.
O sono que faltou na madrugada anterior estava em dia e, apesar da pouca movimentação de pedestres, propícia para assaltos a turistas, tomamos a 9 de Julio em direção à Florida, que citei anteriormente.






A grande movimentação no centro de Buenos Aires no sábado à tarde. Ao fundo, o tal "Obelisco"





Como não tínhamos nenhum mapa em mãos mas sabíamos para que lado ficava a bendita rua, escolhemos uma das grandes avenidas, comuns na cidade, para chegar ao destino: o Beto Carrero World do consumismo. Mesmo não dispondo de muito dinheiro para gastar lá, era obrigação ao menos conhecer o local. Na rua, encontra-se de tudo: desde lojas de conveniência, as chamadas "Open 25hs", às boutiques de artigos esportivos. É só chutar uma árvore que caem uns quinze artistas de rua também. E não é fácil tirar fotos boas sem dar algum trocado. Fui xingado por um Edward Mãos de Tesoura por isso.

Uma coisa que achei interessante e que pensei que só tinha no clipe dos Detonautas, são os famosos "abraços grátis". Caminhando pelas ruas, encontramos um homem e uma mulher carregando um cartaz com os dizeres "Necesitamos tu abrazo". Não perdi tempo e semeei o amor ao próximo. Curiosamente, depois de abraçá-los, minha carteira continuou no meu bolso. Não é truque de assaltantes, podem abraçar as pessoas à vontade!





Rua Florida







De tanto andar pra cima e pra baixo nessa rua, fomos abatidos por uma larica fenomenal. Não era nem fome mais, o estágio era outro. Sendo assim, a quem recorrer quando não se conhece bulhufas da culinária de um lugar? Ao bom e velho McDonald's, claro... Tiro certo, não tem erro. Fica aqui a dica dois do meu guia de viagem: NÃO coma no McDonald's na Argentina que é furada! Fiquei olhando para o cardápio e pedi um hambúrguer chamado Caprice Italiano, que consistia em uma mistureba de elementos presentes em pizzas. Uma dádiva para a coronária. Comprei a briga enquanto meu amigo se arriscou no Quarteirão. Enquanto aguardávamos as atendendes juntarem dois míseros sanduíches sem batata frita e bebida em uma bandeja, o pessoal na volta se esbaldava com as Cajitas Felizes, o nosso Mclanche Feliz, que eram montadas em larga escala. Além da demora, os hambúrgueres eram ruins, mal feitos.
Saímos em saldo negativo do almoço.


Voltei para o hotel para pegar os ingressos do show, e encontrei as ruas mais desertas ainda. Aproveitei para tirar fotos de algumas relíquias, como a foto abaixo, de um show de tango. A propósito, fiquei bastante curioso para conhecer a Pamela David. Começo a entender o motivo do Obelisco...



Pela foto, imaginei a seguinte história: Chico Novarro e Nito Artaza são irmãos e brigam pelo amor de Valeria Lynch, a protagonista da trama, quase uma Vera Fischer. Já a Gladys Florimonte é parceira de crimes e de cama do Flavio Mendoza, que tenta seduzir Valeria para ficar com a grana do ex-marido, um chefão do narcotráfico. Ele não aparece na história, mas é sabido que largou de Valeria para ficar com a Pamela David, que também acumula romances com o Flavio Mendoza, Chico Novarro, Nito Artaza e a própria Valeria Lynch, com quem se casa no final. O romance entre elas possibilita a adoção de três crianças: Lurdes Maria, Tom e Jerry.




La peregrinación continuará en la parte tres, o dia do show!

3 comentários:

Marluci Stein disse...

Estou tentando, mas não consigo imaginar a cena do abraço hehe

Bey. disse...

hahiauhiahiahaihauihuihauihaiuahi

queria fotodo abracinho.

tu falou "me dá um abracinho?!"

Dani Alves Seade disse...

hahaha, cris,
isso tá muito bom.
Não acredito que foram pra Buenos Aires comer no Mc. Podiam comer um pancho pelo menos, hshshs.
Um dia te conto a história do restaurante mais caro do mundo, qd eu e o Lu fomos pra Buenos Aires.
Beijo
Saudade de ti