Qualquer noticiário esportivo da atualidade brinca com a expressão "meninos da Vila", em referência aos jovens atletas do Santos que cativam o público e enchem os olhos com dribles, firuletas e cambalhotas, o tal "futebol arte". Tenho nojo disso.
Ontem parei pra ver Santos e Naviraiense, pela Copa do Brasil, um jogo onde o Santos empilhou dez gols e até o Mádson fez gol de falta - só pra se ter uma ideia da qualidade técnica da partida. Logicamente que o time do Naviraiense foi à Santos fazer turismo, tanto que a programação de hoje do time consiste em uma visita ao memorial do time da baixada e uma ida à praia.
Em ritmo de brincadeiras, comandadas por Neymar, Robinho, Paulo Henrique Ganso e André, o Santos fez o que quis com os sul-mato-grossenses. Desfilou aquele futebol moleque, a malemolência brasileira que faz o Galvão Bueno berrar desesperadamente nos jogos da Seleção:"Pra cima deles, Robinho!!!". O forever young Robinho foi e o Naviraiense ficou.
Não pelos dez gols, mas pela maneira de jogar, achei desrespeitoso o jeito do Santos se portar em campo. Tá certo que o jogador quando faz um gol quer mais extravasar na comemoração, mas ficar achando que é criança e corroborar com a ideia da imprensa de que são crianças, moleques que não têm aquilo como uma profissão e sim como um hobby, acho meio forçado.
Não gosto desse tipo de futebol de hoje em dia. Cresci numa década cheia de quebradores de bola como Dinho, Mauro Silva, Rivarola, Stam e, por outro lado gênios do calibre de Zidane, Frank de Boer, Dener e Dennis Bergkamp. Os últimos, jovens na época eram craques e sabiam disso. Não precisaram viver de um rótulo até o final de suas carreiras no futebol.
Sempre fui fã daquele futebol mais pegado, onde um carrinho levanta nacos e mais nacos de grama do chão junto com o atleta da equipe adversária. Fair Play era coisa de outro mundo. O futebol era muito mais rivalidade e menos cordialidade. A própria Libertadores da América já deixou de ser o que era há uns 15 anos. E o Mundial de Clubes nem se fala... Sou da época que as equipes que iriam se enfrentar em Tóquio não podiam ter patrocínio nas camisas, diferente de hoje em dia onde it's all about the money.
Infelizmente, o Santos das molecagens é um retrato do futebol dos dias de hoje, que empolga quem gosta de Pelé mas renega - e pune - quem gosta de um Schiavi da vida...
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3 comentários:
naviraiense é o time do Avatar
hahaha
Pô,com certeza o futebol aguerrido e peleador é muito mais afude do que essa bixisse de firula e tal!
Avante GRÊMIO,rumo a copa do brasil!
Pô,com certeza o futebol aguerrido e peleador é muito mais afude do que essa bixisse de firula e tal!
Avante GRÊMIO,rumo a copa do brasil!
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